Introdução
A cirurgia torácica é uma especialidade médica dedicada ao diagnóstico, tratamento e manejo de doenças e condições que afetam os órgãos dentro do tórax.
No Brasil, a formação do cirurgião torácico não inclui a cirurgia do coração, área de competência da Cirurgia Cardiovascular, que possui uma formação totalmente diferente.
A área de atuação inclui os pulmões, esôfago, traqueia, parede torácica, diafragma e mediastino. Cirurgiões torácicos são profissionais altamente treinados, desempenhando um papel vital no tratamento de condições como câncer de pulmão, tumores de mediastino, doenças da traqueia, hiperidrose e deformidades torácicas.
Dr. Alberto é cirurgião torácico em São Paulo
- Formado em medicina pela Faculdade de Medicina da USP.
- Formação em cirurgia torácica pela USP.
- 12 anos de experiência em Cirurgia Torácica.
- Especialista no tratamento de tumores torácicos.
O que faz um cirurgião torácico?
Os cirurgiões torácicos realizam uma ampla gama de procedimentos cirúrgicos, que podem incluir:
Ressecção de Tumores:
Remoção de tumores malignos e benignos nos pulmões, mediastino e parede torácica. Sendo responsável pelo tratamento cirúrgico do câncer de pulmão, isso pode envolver lobectomias (remoção de um lobo pulmonar), pneumonectomias (remoção de um pulmão inteiro) e segmentectomias pulmonares.
Tumores de mediastino também são tratados pelo cirurgião torácico. Em alguns casos, a intervenção cirúrgica é para diagnóstico e, em outros, é para tratamento definitivo e manejo de complicações.
Cirurgia de Vias Aéreas:
Procedimentos para tratar doenças e obstruções da traqueia e dos brônquios, como estenoses traqueais (estreitamento da traqueia) benignas, tumores brônquicos e traqueostomias.
Endoscopia respiratória ( broncoscopia): Área de atuação importante do cirurgião torácico . Primordial para diagnóstico e tratamento de muitas doenças torácicas.
Cirurgia Minimamente Invasiva:
- Robótica
- Videototoracoscopia (cirurgia por vídeo )
Utilização de técnicas como a videotoracoscopia (VATS) e a cirurgia robótica para realizar procedimentos complexos com menor dor pós-operatória, menores incisões e tempo de recuperação mais rápido. Estas técnicas são frequentemente utilizadas para biópsias pulmonares, ressecção de nódulos, tratamento cirúrgico do câncer de pulmão e ressecção de tumores de mediastino.
Correção de Deformidades:
Tratamento de condições congênitas ou adquiridas como o peito escavado (pectus excavatum) e o peito carinado (pectus carinatum). Estas cirurgias muitas vezes envolvem técnicas minimamente invasivas para corrigir deformidades da parede torácica.
Hiperidrose Axilar e Palmar:
Essa condição, muitas vezes com grande impacto na qualidade de vida do paciente, tem tratamento cirúrgico em muitos casos. A cirurgia é a simpatectomia torácica, que também é realizada por vídeo.
Tratamento de Trauma Torácico:
- Avaliação de fratura de costela
- Tratamento de complicações
- Fixação de fraturas
Intervenções em pacientes que sofreram traumas graves no tórax, como fraturas de costelas, pneumotórax (colapso pulmonar) e hemotórax (acúmulo de sangue no espaço pleural). Inclui técnicas de fixação de costelas e tratamento de complicações decorrentes do trauma.
Cirurgia de Redução de Volume Pulmonar:
Procedimentos para remover partes do pulmão que não estão funcionando adequadamente em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), melhorando a função respiratória e a qualidade de vida. Essa cirurgia é indicada para um grupo muito específico de pacientes com o enfisema pulmonar. Necessita de uma avaliação criteriosa, com a participação de pneumologista.
Formação de um Cirurgião Torácico
A formação de um cirurgião torácico é extensa e rigorosa, refletindo a complexidade e a responsabilidade envolvidas nesta especialidade. O caminho típico inclui:
Graduação em Medicina: A primeira etapa é completar um curso de medicina, que geralmente dura 6 anos no Brasil. Este período inclui tanto formação teórica quanto prática, com estágios clínicos em diversas áreas da medicina.
Residência em Cirurgia Geral: Após a graduação, o médico deve concluir uma residência em cirurgia geral, que dura cerca de 2 anos. Durante esta fase, o residente adquire habilidades fundamentais em técnicas cirúrgicas, manejo perioperatório e cuidado do paciente.
Residência em Cirurgia Torácica: Em seguida, o profissional deve realizar uma residência específica em cirurgia torácica, que tem duração de 3 anos. Esta fase de treinamento é focada nas doenças e procedimentos torácicos, incluindo cirurgia aberta e minimamente invasiva.
Subespecialização (Opcional): Alguns cirurgiões optam por se especializar ainda mais em áreas como cirurgia torácica oncológica, transplante pulmonar, cirurgia esofágica ou cirurgia minimamente invasiva, o que pode adicionar mais 1 a 2 anos de treinamento. Esta subespecialização permite que o cirurgião desenvolva habilidades avançadas em áreas de alta complexidade e tecnologia.
Quantos Anos de Formação?
Considerando todas as etapas, a formação de um cirurgião torácico pode levar entre 10 e 14 anos após o ingresso na faculdade de medicina. Este extenso período de treinamento é necessário para garantir que esses profissionais adquiram o conhecimento, as habilidades e a experiência necessários para realizar procedimentos complexos.
Dr. Alberto Dela Vega fez toda a sua formação na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Formado em 2006, terminou a residência médica em 2011. Desde 2012, atua em Oncologia Torácica no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP). Fez treinamento em cirurgia torácica e atua também na área de endoscopia respiratória.
Avanços na Cirurgia Torácica
A cirurgia torácica tem evoluído significativamente nas últimas décadas, com avanços tecnológicos e técnicas inovadoras melhorando os resultados dos pacientes. Alguns destes avanços incluem:
Cirurgia Robótica:
A utilização de sistemas robóticos permite uma maior precisão nas cirurgias, com menores incisões e recuperação mais rápida para os pacientes. Na cirurgia torácica, é especialmente importante para o tratamento do câncer de pulmão e ressecção de tumores de mediastino.
Dr. Alberto tem treinamento em cirurgia robótica e realiza esse tipo de cirurgia nos diversos hospitais em que atua na cidade de São Paulo.
Terapias Multimodais: A integração de cirurgias com tratamentos como quimioterapia e radioterapia para tratar cânceres torácicos de maneira mais eficaz.
O cirurgião torácico deve ter uma abordagem personalizada para cada condição e cada paciente.
Conclusão
Os cirurgiões torácicos são essenciais para o tratamento de uma ampla variedade de doenças torácicas. A formação extensa e a constante atualização desses profissionais são fundamentais para o sucesso do tratamento e para a melhoria do bem-estar dos pacientes.